quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Um ano de UK: o balanço - II


Ao longo do trajecto posso dizer que nunca me arrependi: gosto muito do que faço aqui, gosto da posição que me conferem, gosto da responsabilidade, gosto da pressão e sei que eles também estão satisfeitos comigo. Confesso: faz-me bem ao ego a importância que eles aqui me dão. Mesmo nos primeiros tempos, quando todo o sistema ainda era um bocado esquisito, posso dizer que nunca pensei em desistir. Era como costumava dizer à Vanessa: "nem que passe fome, nem que passe frio, nem que me ponham a limpar as escadas... não tenho cara para voltar ao fim de dois meses".
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Com ela não foi assim. A motivação não era tanta e ao fim do primeiro dia já me estava a dizer que queria ir embora. Hoje (ainda para mais com o conforto e as regalia$ de ser locum) já está adaptada. Mas ninguém lhe tira da cabeça que daqui a um ano / ano e pouco quer ir embora. É um erro! Perdão... é um ERRO ENORME e com letras bem grandes. Depois de todo o trabalho de adaptação e agora que temos ambos posições consolidadas, era ficarmos mais 3 ou 4 anos e levávamos a vida orientada daqui.

Filhos? Opá, até nisso aqui há vantagens... Comigo a traballhar quatro dias por semana e ela, eventualmente, a trabalhar outros quatro tínhamos tempo para tudo e se levássemos daqui um filho com um ano isso não influenciava em nada a sua educação. Enfim... ainda há muito frango para virar neste campeonato, como diz o Jesus.

O balanço continua amanhã...

1 comentário:

yevgeny disse...

Ó Vanessa, o homem sabe o que diz.

Ir embora em menos de 4-5 anos é um erro. O pior já passou, sem dúvida.

Quanto a ter filhos, diria que era melhor a Vanessa estar com contrato e tu seres Locum. Não estou por dentro, mas os benefícios para a grávida são maiores para alguém com um contrato profissional, pois o self-employed fica sem apoios nenhuns.

Há muitas farmacêuticas locum que assinam contrato imediatamente antes de engravidarem.