terça-feira, 25 de maio de 2010

It's part of the job - III



Voltando ao assunto dos roubos da farmácia: falei, então, com a segurança da empresa e eles decidiram instalar câmaras, na zona da farmácia onde ela "actuava", para arranjarmos provas dos roubos. Fui lá, então, um dia, no início de Abril, depois de fecharmos a farmácia, com um engenheiro da segurança para ele colocar três câmaras indetectáveis, em três pedaços de tecto falso.

Até a colocação das câmaras deu história: é que aquilo demorou e com o cair da noite começou a dar nas vistas a luz na farmácia. Ora, como a maioria do staff mora perto da farmácia, no dia seguinte já sabiam que tinha andado alguém lá, fora de horas. Tive de arranjar qualquer coisa: disse que o alarme tinha sido accionado (pela queda de uma caixa que lá tínhamos), que eu tinha sido chamado para abrir a porta à segurança da empresa e que fazia parte dos procedimentos de segurança mantermo-nos no perímetro durante pelo menos 45 minutos, para garantirmos que nada de anormal se passava.

Acho que todos engoliram. Tanto mais que os roubos não diminuiram e que, assim que fui de férias, aquilo foi um festival. Aliás, assim que cheguei, estava a acabar de sair do comboio em Gloucester e a receber uma mensagem do chefe da segurança da empresa a dizer: "Andre, things have gone ballistic! Quero ver as imagens o quanto antes."

E assim foi. Tirámos o gravador nessa semana e na última terça-feira lá estava ele para começar uma investigação. Ainda sem ter visto as imagens, e só pelo que conversou com "a suspeita" e investigou nesse dia (facturas, reembolsos falsos de dinheiro a utentes que acabavam no bolso dela, diferenças de stocks,...), suspendeu-a de imediato. E até hoje não voltou, nem acredito que volte. Aliás soube, ontem, que ela tinha entregue a carta de demissão, embora a Lloyds não faça tensões de a aceitar, pois querem que ela sofra consequências para lá da perda de emprego. Concordo! É que já não é a primeira vez que isto acontece naquela farmácia (já tinha acontecido há dois anos) e era bom que fosse estabelecido um exemplo, senão qualquer dia, se o pior que pode acontecer é perderem o emprego, todos querem tentar a sorte.

Estamos, pois, ainda à espera da resolução final da investigação para saber que remodelações temos que fazer na equipa, até porque ainda lá trabalha o noivo dela, contra o qual não havia (na semana passada) provas concretas. Espero que tudo se resolva nos próximos dias.

3 comentários:

César disse...

Pah, lembrei-me agora que palmei umas amostras de gomas multivitaminicas na farmácia onde estagiei...

André Lage disse...

Por mim dá direito a apedrejamento na praça pública. Deixa-me aí o telefone da Santa Cruz, por favor, que eu amanhã dou-lhes um toque.

César disse...

É Cruz de Celas oh Doris!