quinta-feira, 30 de maio de 2013

Mais sobre a relva - II

Fez uma pequenina explosão a cortar o fio, soltou umas faíscas e morreu.

Primeira coisa que fiz: olhar à volta para perceber se alguém se tinha apercebido do meco que sou. Pareceu-me que não. Segunda: levar o cortador de relva para o jardim na parte de trás para, então aí, ver o que se podia fazer. Terceira: ficar cinco minutinhos a chamar-me burro. 

"Palavra d'honra! Estava a trinta segundos de acabar! Não é possível! É preciso ser muito burro!"

Mas, enfim, estava feito e não dava para apagar. Era hora de tentar remendar a questão. Para quem nunca passou com um cortador de relva por cima do fio do mesmo (recomendo como actividade a tentar naquelas tardes em que não dá nada de jeito na televisão), o fio preto, por dentro, contém mais dois: um azul e um vermelho, que por sua vez isolam uns pequenos fios (de cobre?) que conduzem a corrente.

O que o esperto fez foi começar por cortar a parte do fio que estava esfrangalhada. Depois remover um bocado do grande revestimento preto de cada um dos dois fios que agora tinha e remover também um bocado de plástico isolante azul e vermelho de cada um dos dois fios. Finalmente, com os fios de cobre expostos, foi só unir um lado com o outro (azul com azul e vermelho com vermelho... valha-nos isso!) e fechar. Eu sei... é um procedimento um bocado técnico e poderão não estar bem a perceber... mas eu também não disse que isto era para todos. No final... o resultado foi esta coisa esperta:


Liguei, a medo, à corrente. Pus, muito a medo, a trabalhar e deu.  E funcionava bem. 

No dia seguinte, no entanto, consciente de que aquilo era um trabalho muito tosco e pouco seguro, levei as fotos para a farmácia para pedir opinião às minhas colegas. 

(continua)