terça-feira, 23 de novembro de 2010

Charla vária sobre a língua inglesa


Desde que chegámos que nos elogiam a qualidade com que nos exprimimos em inglês. De facto, e como tento explicar a quem mo diz, não tem grande ciência.

Em primeiro lugar, em Portugal, no nosso tempo*, começava a aprender-se a língua inglesa, nas escolas, aos dez anos (e acho que agora ainda mais cedo). Depois, como grande consumidores de música e cinema americanos levamos com inglês a toda a hora e em todo o lado. No meu caso ainda mais graças também aos videojogos. E por fim (e com esta é que eles ficam doidos!) o inglês é das línguas mais fáceis que há para se aprender.

Hoje estive dez minutos a tentar explicar isto a uma colega. Primeiro, falei-lhe na facilidade que há nos tempos verbais em inglês: uma palavra ou no máximo duas para correr todas as pessoas do singular e plural, enquanto a maioria das línguas tem uma palavras para cada uma das seis pessoas (I walk, You walk, He walks, We walk... / Eu ando, Tu andas, Ele anda, Nós andamos...).  E ela já estava a franzir o sobrolho...

Mas giro, giro, foi tentar explicar-lhe que todos os substantivos em português (e na maioria das línguas) tinham um género e que os artigos que os antecediam tinham de concordar com esse género. Uiii! Aí é que foi luta: tentar explicar-lhe que "cadeira" para nós é feminino e "lápis" é masculino, que "Inglaterra" é feminino mas "Reino Unido" é masculino... Enquanto para eles, se não for humano, não tem género. É it.

E ela só perguntava: "Mas maculino como, se eles nem estão vivos". E eu: "Pois. Mas para nós, vivos ou não, têm de ser femininos ou masculinos... E não há regra que possas aprender... Cada palavra é um caso... e só com a pática é que lhes vais conhecendo o género". E, passavam-se 10 minutos... e lá vinha ela outra vez: "Mas masculino como?".

* -  Quão chato devo eu ser para, aos 28 anos, conseguir usar a expressão "no nosso tempo"? Mais: quão chato devo eu ser para, com tanta coisa para dizer sobre a prisão, conseguir fazer um post sobre inglês, português e o diabo-a-sete? 

2 comentários:

Eugénio disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Eugénio disse...

Tens razão em tudo o que escreveste...Poderia ser eu a escrevê-lo.

Hoje por acaso trabalhei com a minha boss e perguntei-lhe porque raio tinham contratado um Português.. Se tinham candidatos ingleses, porquê um Português! Ela disse que tinham ficado satisfeitos com a entrevista, mas que até à entrevista estavam um pouco de pé atrás porque pelos vistos em tempos havia um certo estigma com os farmacêuticos espanhóis, pois regra geral falam muito mal inglês (pela falta da musica/cinema/jogos etc